sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Parabéns Grande Campeão
23:29 |
Publicada por
Galo |
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Se fosse vivo completaria hoje 63 anos, o nosso querido Damas.
Damas nasceu em Lisboa a 8 de Outubro de 1947 e aos 14 anos entrou para o Sporting, trazido por um vizinho que jogava ténis de mesa.
A posição de guarda-redes não era a ambicionada pelo jogador, que queria ser avançado, tal como Vasques e Travassos, os seus ídolos. Mas, como era o mais pequeno da «rapaziada», se quisesse jogar teria de ser a guarda-redes.
O primeiro grande jogo realizado foi contra o Benfica, quando Damas integrava a equipa de juvenis. O jogo não lhe correu bem: «nos dias anteriores todo eu era uma pilha! Quando entrei no rectângulo o estádio parecia um mundo. Veio o primeiro remate e saltei à gato para recolher o esférico... mas passou-me por baixo da barriga. Felizmente que a bola embateu no poste e ressaltou para fora. Todavia o meu nervosismo originou dois golos para os encarnados e ao segundo não pude mais. Saí debulhado em lágrimas, sentindo o peso do fracasso, para mim de dimensões imensuráveis. Porém, no ano seguinte, em 1962, já tinha vencido essas debilidades psicológicas, tudo nos correu bem e o Sporting alcançou o título nacional, vencendo, em Leiria, a Académica de forma concludente, por 5-1. Era o meu primeiro título nacional.»
Em 1968 fez o primeiro jogo para o Campeonato Nacional da I Divisão, frente ao ao Guimarães, onde sofreu dois golos e passou novamente a suplente de Carvalho. Quando faltavam seis jornadas para o final do Campeonato agarrou a titularidade e nunca mais a deixou.
Em 1976 foi para o Santander e por lá ficou durante cinco anos. Quando voltou a Portugal foi jogar no Vitória de Guimarães, onde Pedroto conseguiu, finalmente, trabalhar com o guarda-redes dos seus sonhos, «as pessoas já me consideravam velho com 32 anos, mas mais nove haveria de jogar. Só me posso arrepender de não ter entrado em Portugal directamente para Alvalade».
Voltou ao Sporting como o filho pródigo, mas não conseguiu concretizar o grande sonho de ser novamente Campeão Nacional.
Em 1984 integrou o grupo de 22 seleccionados que disputou e se classificou em terceiro lugar no Europeu de França. Foi suplente de Manuel Bento, o outro grande guarda-redes da sua geração.
No ano de 1986 despediu-se da selecção, com duas presenças na fase final do Campeonato do Mundo realizado no México, substituindo o lesionado Bento.
Estreara-se nesse posto 17 anos antes, em 1969, precisamente contra o México.
Vítor Damas era elegante na baliza, tudo nele era agilidade, intuição e espectáculo.
Ao serviço do Sporting venceu o Campeonato Nacional em 1969/70 e em 1973/74. Conquistou três Taças de Portugal em 1970/71, 1972/73 e 1973/74. Foi 30 vezes internacional pela selecção “A”.
Terminou a carreira em Dezembro de 1987, com 40 anos. Durante um treino chocou com Tony Sealy e fracturou a omoplata. Foi o ponto final na sua carreira.
Um ano depois, Jorge Gonçalves convidou-o para treinador adjunto de Pedro Rocha. Passou a técnico principal em Fevereiro de 1989, para regressar a treinador adjunto.
Foi treinador dos guarda-redes do plantel sénior até 1999, altura em que passou a treinador principal do então clube-satélite, Lourinhanse. Treinou a equipa B em 2001, saindo no final da época.
Faleceu a 13 de Setembro de 2003, vítima de doença prolongada.
Curriculum:
Nome: Vítor Manuel Afonso Damas de Oliveira
Local de Nascimento: Lisboa
Data de Nascimento: 8 de Outubro de 1947
Início de Carreira no Sporting: 1961
Internacionalizações: 30
Títulos conquistados ao serviço do Sporting:
2 Campeonatos Nacionais (1969/70 e 1973/74)
3 Taças de Portugal (1970/71, 1972/73 e 1973/74)
Site oficial Sporting
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Damas nasceu em Lisboa a 8 de Outubro de 1947 e aos 14 anos entrou para o Sporting, trazido por um vizinho que jogava ténis de mesa.
A posição de guarda-redes não era a ambicionada pelo jogador, que queria ser avançado, tal como Vasques e Travassos, os seus ídolos. Mas, como era o mais pequeno da «rapaziada», se quisesse jogar teria de ser a guarda-redes.
O primeiro grande jogo realizado foi contra o Benfica, quando Damas integrava a equipa de juvenis. O jogo não lhe correu bem: «nos dias anteriores todo eu era uma pilha! Quando entrei no rectângulo o estádio parecia um mundo. Veio o primeiro remate e saltei à gato para recolher o esférico... mas passou-me por baixo da barriga. Felizmente que a bola embateu no poste e ressaltou para fora. Todavia o meu nervosismo originou dois golos para os encarnados e ao segundo não pude mais. Saí debulhado em lágrimas, sentindo o peso do fracasso, para mim de dimensões imensuráveis. Porém, no ano seguinte, em 1962, já tinha vencido essas debilidades psicológicas, tudo nos correu bem e o Sporting alcançou o título nacional, vencendo, em Leiria, a Académica de forma concludente, por 5-1. Era o meu primeiro título nacional.»
Em 1968 fez o primeiro jogo para o Campeonato Nacional da I Divisão, frente ao ao Guimarães, onde sofreu dois golos e passou novamente a suplente de Carvalho. Quando faltavam seis jornadas para o final do Campeonato agarrou a titularidade e nunca mais a deixou.
Em 1976 foi para o Santander e por lá ficou durante cinco anos. Quando voltou a Portugal foi jogar no Vitória de Guimarães, onde Pedroto conseguiu, finalmente, trabalhar com o guarda-redes dos seus sonhos, «as pessoas já me consideravam velho com 32 anos, mas mais nove haveria de jogar. Só me posso arrepender de não ter entrado em Portugal directamente para Alvalade».
Voltou ao Sporting como o filho pródigo, mas não conseguiu concretizar o grande sonho de ser novamente Campeão Nacional.
Em 1984 integrou o grupo de 22 seleccionados que disputou e se classificou em terceiro lugar no Europeu de França. Foi suplente de Manuel Bento, o outro grande guarda-redes da sua geração.
No ano de 1986 despediu-se da selecção, com duas presenças na fase final do Campeonato do Mundo realizado no México, substituindo o lesionado Bento.
Estreara-se nesse posto 17 anos antes, em 1969, precisamente contra o México.
Vítor Damas era elegante na baliza, tudo nele era agilidade, intuição e espectáculo.
Ao serviço do Sporting venceu o Campeonato Nacional em 1969/70 e em 1973/74. Conquistou três Taças de Portugal em 1970/71, 1972/73 e 1973/74. Foi 30 vezes internacional pela selecção “A”.
Terminou a carreira em Dezembro de 1987, com 40 anos. Durante um treino chocou com Tony Sealy e fracturou a omoplata. Foi o ponto final na sua carreira.
Um ano depois, Jorge Gonçalves convidou-o para treinador adjunto de Pedro Rocha. Passou a técnico principal em Fevereiro de 1989, para regressar a treinador adjunto.
Foi treinador dos guarda-redes do plantel sénior até 1999, altura em que passou a treinador principal do então clube-satélite, Lourinhanse. Treinou a equipa B em 2001, saindo no final da época.
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2 comentários:
Contigo Damas aprendi ainda mais a amar o nosso SCP, tive o prazer de falar contigo, de me dar uma palmada na cabeça e de me dares uma camisola tua de quando jogavas no Sporting! Eu era um puto pequeno, evergonhado, mas adorava ser Guarda Redes na Escola por causa de ti! Que continues a descansar em Paz meu grande Guardião do Templo de Alavalade!
Obrigado por estares sempre presente, Obrigado por tudo o que nos destes Vitor!
Grande guarda-redes, grande senhor das balizas onde a elasticidade e a elegância fizeram dele um dos melhores guarda-redes portugueses de todos os tempos.
Lembro-me de um jogo em que fomos ao galinheiro ganhar na última jornada do campeonato e que dessa forma lhes retirámos o campeonato que eles já festejavam, com golos de Mourato e Manuel Frenandes e com uma grande exibição deste Senhor Vítor Damas.
Que descanse em paz grande Leão!
SL
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